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Sobre nós

“A podridão é uma condição à qual todo ser orgânico está vinculado, uma mudança intrínseca da matéria que é crucial para a renovação ecológica ‒ no entanto, ela é extremamente marginalizada pela sociedade hegemônica. Com a Rotten TV, gostaríamos de expandir este estado e as perspectivas em torno dele em muitas direções, desenvolvendo parcerias com instituições culturais e criadores da América do Sul, do arquipélago Indonésio e do Reino Unido”. 

Daniel Lie, artista responsável

A Rotten TV é uma plataforma de pesquisa online, conduzida por Daniel Lie, que estuda a ideia de podridão. O projeto entrelaça noções variadas de artistas e pensadores da Indonésia, América do Sul e Reino Unido, articulando ideias que se expandem a partir dos simbolismos presentes na podridão.

Este projeto é viabilizado através de uma parceria entre o Jupiter Artland (Escócia), o Cemeti-Institute for Art and Society (Indonésia) e a Casa do Povo (Brasil), coordenada pelo artista Daniel Lie e com apoio do Fundo de Colaboração Digital do The British Council.

“A podridão social, a podridão ecológica e a podridão espiritual são ‘o bom, o mau e o feio’ da vida contemporânea. Este projeto descortina o inesperado”. 

Nicky Wilson, diretora do Jupiter Artland

Cada instituição convidada aprofunda a análise sobre o tema da podridão, estruturando-a através de uma abordagem curatorial específica. Trabalhando junto aos artistas Ama Josephine Budge e David Mande, o Jupiter Artland explora a podridão a partir de uma perspectiva decolonial e de uma análise crítica sobre fontes de energia podres. A Casa do Povo adota uma abordagem ambiental e desenvolve um diálogo entre micologia, ecologia queer e perspectivas indígenas nativas. O Cemeti-Institute for Art and Society tem pensado na transformação que a podridão carrega em relação às camadas do corpo a partir dos rituais de morte, de quem tem direito a ela, e de sua manifestação na forma digital. 

“Este projeto tem como foco ‘desaprender’ através de abordagens múltiplas dadas a um tema comum. Nesta jornada haverá a produção ativa de micólogos, criadores de povos originários, que desenvolvem práticas decoloniais, pessoas que não se conformam às classificações de gênero, ecologistas queer, artistas com habilidades em múltiplas plataformas artísticas e muitos outros. Entendemos que trazer diversidade à temática pode facilitar o processo de desmarginalização da mesma. Ao embarcarmos neste processo, muitas vezes me deparei com a pergunta em comum – ‘o que é a podridão?’ Desde o começo do processo criativo, uma citação que emergiu de nossas conversas passou a me acompanhar sempre: ‘no ambiente, aquilo que não apodrece é que é o problema’.” 

Daniel Lie, artista responsável

“Tornou-se tão evidente, trabalhando ao lado de Daniel, que a podridão está em todos os lugares, que é incrível pensar o quão negativamente o apodrecer e a podridão se situam nas etimologias de diferentes culturas e sociedades, ao passo em que possuem tanto poder”. 

Eleanor Edmondson, Coordenadora de Artes Digitais do Jupiter Artland

A Rotten TV apresenta uma diversidade de linguagens artísticas e de comunicação, ao lado do 69 Performance Club, Adam Moore, Ama Josephine Budge, Brigitte Baptiste, Dini Adanurani, Dwi Oblo, Enka Komariah, Gelar Soemantri, Giuliana Furci, Jessica Ayudya Lesamana, Joned Suryatmoko, Nuraini Juliastuti, Otniel Tasman, Otty Widasari, Prashasti Wilujeng Putri, Takumã Kuikoro, e Tri Subagya ‒ e muito mais a ser anunciado conforme o decorrer do projeto.

O lançamento oficial ocorreu em 4 de novembro de 2021, com o Episódio 1: DeComposure, de Ama Josephine Budge.  

A partir de 19 de julho de 2022, cada novo episódio será lançado semanalmente.

Acompanhe em www.rotten.tv


Equipe

Dan holding a mouldy fruit to the camera

Daniel Lie

Daniel Lie, (elu/delu) é artista brasileire-indonésie cuja prática explora o tempo, os ciclos de vida e a deterioração. Através de instalações, objetos e da hibridização de linguagens artísticas, a obra de Lie questiona a relação entre ciência, religião, ancestralidade, presente, vida e morte. Lie já expôs em galerias de todo o mundo, incluindo Brasil, Áustria, Alemanha, China e Londres.

Claire leaning against a window

Claire Feeley

Claire Feeley (ela/dela). Curadora, escritora e produtora, Claire concebeu projetos de exposições, programas curatoriais e obras de arte pública por todo o mundo, por meio de suas atuações no British Council, no Barbican, Oslo Pilot, Folkestone Triennial, Situations e Serpentine Gallery, assim como de forma independente através de plataformas de iniciativa própria. Atualmente é Chefe de Exposições e Programas de Aprendizado na Jupiter Artland, onde trabalha em um programa de comissionamentos permanentes, exposições de galerias, projetos especiais e festivais.

Eleanor on the beach

Eleanor Edmondson

Eleanor Edmondson, (ela/dela) é artista, curadora e especialista em marketing de artes digitais sediada em Edimburgo. Paralelamente a sua própria prática, e com base em sua pesquisa em engajamento social, Eleanor coordenou uma série de residências orientadas à abertura do acesso e difusão dentro do mundo da arte. Atualmente trabalha como Coordenadora de Digital, Artes e Marketing na Jupiter Artland, onde coordenou o projeto entre a Jupiter Artland, Casa do Povo e Cemeti-Institute for Art and Society para coincidir com a COP26 em Glasgow.

Ragil Huda

Ragil Huda (ele/dele) é curador, profissional cultural e estudante de pós-graduação no Asien-Afrika Institut, Universität Hamburg. Ele também é um dos membros do comitê que organiza a plataforma e a rede internacional “Queer” Ásia em Berlim. Seu engajamento comunitário e pesquisa acadêmica se concentram especificamente no queer, na construção de comunidades, na pedagogia crítica e nas realidades sócio-políticas de comunidades marginalizadas, através de diversas metodologias e práticas curatoriais colaborativas.

Rush Johnstone

Rush Johnstone (elu/delu) é designer/desenvolvedor especializade na criação experimental e criativa de artefatos interativos. Gosta de pensar e aprender sobre o discurso da tecnologia, política, futuros imaginados e como estes se interseccionam.

Ruli Moretti

Ruli Moretti (ela/dela) é curadora independente, gestora cultural e editora. Vive e trabalha no norte do Brasil desde 2012, de onde tem colaborado e organizado projetos independentes e institucionais que apostam na democratização do acesso às artes como meio de promover o encontro e a experiência coletiva. Atualmente, tem investigado o papel que os textos escritos desempenham nas práticas artísticas contemporâneas, e de que forma operam como um meio específico, com possibilidades discursivas e ficcionais próprias. Em paralelo, Ruli tem trabalhado diretamente com artistas, explorando, ampliando e compreendendo seus processos criativos e práticas de escrita.